domingo, 1 de dezembro de 2013

Somos os mesmos e ao mesmo tempo diferentes...





Esquecendo os aspectos biológicos inerentes ao seu significado, a palavra evolução indica um movimento progressivo, uma perspectiva de modificação ao longo do tempo. E assim estamos, ao menos, a maior parte de nós.  Há ainda aqueles resistentes (e tolos), que acreditam que ninguém se modifica ou mesmo os que erroneamente se negam a buscar o crescimento.

Quando falo em mudança, não me refiro ao acúmulo de conhecimento, que notadamente nos torna mais inteligentes, mas à somatória de vivências, ao encontro e a troca de experiências com aqueles com os quais convivemos, aos estímulos que recebemos do meio ou dos lugares que conhecemos. Esses múltiplos fatores nos moldam durante toda a nossa existência e dão sentido a ela.

Mas, afinal, há algo imutável? Sim. Carregamos as características da nossa personalidade, que não são maleáveis, e dificilmente abandonamos os nossos princípios mais arraigados, embora novos valores sejam adquiridos, desde que não sejam conflitantes com nossas crenças. Chamo essa combinação de elementos (personalidade + princípios) de essência. É ela que nos diferencia em meio a um grupo de tantos outros. Ela é que se adapta às transformações, conservando a nossa identidade.

Assim, somos os mesmos e ao mesmo tempo diferentes...

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Um mundo de possibilidades




Foram três dias empacotando os objetos daquele que foi o seu ofício por três anos: caneta, caderno, pendrive, gravador. Todos, grandes companheiros de sua rotina. As lembranças também foram colocadas na bolsa vermelha, que usava de vez em quando para dar cor a sua roupa monocromática. Uma a uma, ela pôs ali. Memórias de pessoas que já não compartilhavam o convívio diário e saudades daqueles que iriam ficar por mais algum tempo. Iria sempre lembrar dos sorrisos largos, das brincadeiras fora de hora, dos almoços animados, das compras no meio do dia, das músicas que acalmavam o estresse e do cafezinho que a acordava pela manhã ou à tarde.

O processo não foi tão fácil, mas a saída, apesar de tudo, foi tranquila. No último dia, recebeu o carinho dos mais íntimos e palavras doces dos amigos mais queridos. Expressões do afeto e do respeito pela história que estava sendo finalizada a fim de ser continuada e escrita em um novo papel. Antes de sair, observou cada detalhe atentamente, porque quando um dia voltasse para rever os amigos, seus olhos não a deixariam enxergar com as nuances de outrora. Ao passar pela porta, vislumbrou as inúmeras oportunidades que, a partir daquele instante, surgiriam. E assim foi. E ela se foi. A desbravar um mundo. Um mundo de possibilidades.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Reflexão de fim de ano



PALCO DA VIDA

Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. E você pode evitar que ela vá à falência.

Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você. Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões.

Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.

Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples, que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar "eu errei". É ter ousadia para dizer "me perdoe". É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer "eu te amo". É ter humildade da receptividade.

Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz... E, quando você errar o caminho, recomece, pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.

Usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.

Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.

Pedras no caminho? Guardo todas... Um dia vou construir um castelo!

Fernando Pessoa

Ho ho ho!



Feliz Natal!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Férias no velho continente


Retorno de boas férias. As do blog, confesso, foram forçadas (trabalhar com palavras às vezes nos obriga a abandonar qualquer traço no papel – ou no computador - em prol do ócio de final de semana), mas a parada temporária da labuta foi muito desejada (e planejada!).

Londres (Inglaterra), Bruges (Bélgica) e Paris (França) foram a minha morada durante quase 20 dias. A ordem das cidades visitadas foi similar ao tamanho da minha paixão: amei Londres, adorei Bruges e gostei de Paris. Essa foi a minha primeira experiência além-mar (Buenos Aires conta? rs). Aqui, tentarei deixar algumas dicas. Para começar, abaixo, segue uma “geral” sobre Londres. Let’s GO!

In Love London!


Londres é uma das cidades mais cosmopolitas do mundo. Une a tradição ao que é mais moderno e o que há de mais clássico à vanguarda. Essa diversidade está refletida nas ruas, nos costumes e até nas roupas dos londrinos! Como não se apaixonar? Seis dias foram pouco para curtir essa cidade, com seus museus (free!), monumentos, comércio e, claro, pubs. Lá, tudo funciona incrivelmente bem. As ruas são limpas, a cidade organizada e as pessoas educadas. It’s so cool, isn’t? :)



Noite - A vida noturna londrina é bem intensa e agitada. Os pubs são tão tradicionais quanto o chá da tarde e não conhecer pelo menos um é considerado uma falta grave, como ir ao Rio de Janeiro e não ver o Cristo Redentor. Eles fecham suas portas cedo, por volta das 23h, quando os notívagos partem para as boates para curtir o resto da noite. Ficamos hospedados bem perto do Covent Garden, que é um bairro repleto de restaurantes, bares e pubs legais. Vale à pena conferir, mas cheguem cedo... Às 18h já era difícil encontrar um cantinho nesses locais. Inglês que é inglês adora beber um pint de cerveja (ou bem mais).



Transitando – Andar em Londres é muito fácil! As ruas são perfeitamente sinalizadas e há sempre um mapa na esquina para você se “achar”. Portanto, não se preocupem! Se vocês esquecerem o mapa no hotel não ficarão perdidos.

Na terra de Shakespeare preferimos usar ônibus (Double Decker), mas o metrô é igualmente confiável. Ficamos seis dias na cidade e compramos o Cartão Oyster - pay as you go (pré-pago) que vale também para o metrô. O Oyster não vence e você pode recarregar quantas vezes for necessário. Cada vez que é realizada uma viagem a tarifa é descontada do saldo do cartão. Sai mais em conta que comprar um bilhete no guichê ou nas máquinas do metrô. Compramos o nosso num mercadinho perto do hotel, mas eles também são vendidos no metrô e até no aeroporto, pelo que me disseram. Um lembrete: fiquem atentos e mantenham os cartões acessíveis. Há sempre fiscais rondando as linhas de metrô e de ônibus.

As tarifas de táxis são caras e só vale à pena se for dividido com mais pessoas. Quem chega no Heathrow e vai para Bloomsbury, por exemplo, desembolsa cerca de 90 libras. Por falar nisso, ser taxista em Londres é uma ótima profissão e até muito concorrida. Mas, para chegar lá é difícil, viu? O candidato precisa fazer um curso preparatório que tem a duração de 2 a 4 anos e fazer provas que testam conhecimento sobre ruas, ordem dos prédios, rotas alternativas, prédios públicos, teatros, atrações turísticas etc.



Economizando nas ligações para o Brasil – A dica é comprar o Lebara Chip. Compramos o chip (e recarregamos) nas lojas 4U. Uma ligação para o Brasil custa em média 30 centavos de real o minuto, ou seja, nem chega perto daquele absurdo que as operadoras brasileiras cobram. Usamos o chip na Bélgica sem problema. Na França, não pudemos recarregar, por isso compramos outro Lebara Chip. Lá, eles são vendidos nas “Tabacs”.



Compras – Você encontra tudo em Londres! Lá há ruas enormes com uma densidade inimaginável de lojas para comprar (da mais chique a mais popular). Sigam pela Oxford, Totteham e Regent Street. Percam-se nessas ruas por um dia inteiro ou mais que não irão se arrepender. Além das conhecidas H&M, Zara e Lillywhites também tem Mango, John Lewis, Marks & Spencer, Esprit, TopShop... E super grifes... Ai, ai... :)



Logo mais, um post sobre as atrações turísticas de Londres.

sábado, 12 de novembro de 2011

Vamos ao teatro?


Começa no dia 17/11 e se estende até 21/12 mais uma campanha TEATRO PARA TODOS. Este ano, 95 mil ingressos serão disponibilizados para o público, totalizando 71 espetáculos, entre adultos e infantis. Os maiores sucessos da temporada teatral poderão ser adquiridos a preços populares: R$ 5,00, R$ 10,00, R$ 15,00, R$ 20,00 e R$ 25,00.

Os ingressos estarão à venda no quiosque fixo da campanha, instalado na Cinelândia, no quiosque volante, que irá percorrer diversos bairros da cidade, pelo site (www.ingresso.com), postos BR credenciados e Posto Shell (São Bento, Niterói).

Para mais informações, visite o site da campanha.

Bom espetáculo para todos!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Mais 365 dias


Le Blé Noir




Antes, pensava que o crepe era o primo “chique” da panqueca. Ledo engano... O crepe é muito diferente! Pode até ser parente, mas primo legítimo jamais...

Depois de escutar muitos elogios, eu e meu marido resolvemos conhecer a creperia Le Blé Noir, em Copacabana, propriedade do bretão Alain Cairo e do carioca Fabio Novello. Com fachada discreta, à noite, a casa passa quase despercebida pelos transeuntes. Lá, a tradição é levada a sério e está presente nos mínimos detalhes: no desenho ilustrado na parede, nas mesinhas com mosaicos, nas músicas francesas ao fundo, nas comidas servidas em prato de barro e nas xícaras de louça decorada.

No restaurante, com estilo romântico e intimista, é servido a tradicional galette: crepes servidos como prato principal e cuja massa leva trigo sarraceno, um grão negro (blé noir) e sem glúten. Estima-se que o grão chegou ao noroeste da França no século XII, trazido pelos cavaleiros das cruzadas. Detalhe: na França, as galettes são servidas apenas com recheios salgados; enquanto o crepe de froment, feito com farinha de trigo branco, é combinada com sabores doces.

Chegamos cedo, uma vez que sabíamos que a casa é muito disputada e costuma ter longas filas de espera. Iniciamos nosso tour à Bretanha como manda a tradição: pedimos uma garrafa de cidra (Val de Rance – Cidre Brouchè Brut Cru Breton) para beber, enquanto escolhíamos o que comer. A bebida, para nossa surpresa, foi servida seguindo o ritual Bretão: numa espécie de xícara (aquela que falei acima).



O cardápio no Le Blé Noir é divido em “especialidades do chef”, “tradicionais’ e “monte o seu crepe”, opção em que você pode escolher o recheio e o tipo de queijo para acompanhar a massa. Todas as galettes são servidas com salada verde ao molho de mostarda dijon. Depois de muito pensar, pedi uma de hambúrguer de picanha ao molho de vinho, cogumelos paris e bacon (pedi para diminuir a quantidade). Meu marido escolheu provar a galette de hambúrguer de picanha ao molho roquefort.



Uhmm... Maravilhoso! A massa chegou à mesa leve, fininha e crocante, muito diferente dos crepes que já comi, que seguem uma versão menos “consistente”, parecendo muito mais panquecas do que qualquer outra coisa. O resultado foi uma profusão de sabores: o docinho dos cogumelos, o sabor da carne e o salgadinho do molho. E a salada? Divina! Como eles conseguem deixar uma mistura de folhas tão apetitosa? O molho de mostarda dijon deu um toque muito especial com sua textura encorpada e seu sabor marcante, levemente ácido. A escolha do meu marido também agradou. Segundo ele estava “uma delícia”!

Para fechar a noite, escolhemos a sobremesa: trouxinhas de crepe recheadas com sorvete de creme, morangos, amêndoas torradas e calda de chocolate. Muito bom! Adoro doces e esse estava especial. O crocante da massa e da amêndoa, o doce do sorvete, o azedinho do morango e a calda de chocolate meio amargo... Uhmm... Preciso falar mais?

Saímos de lá satisfeitos e com a certeza de que iremos voltar.

Le Blé Noir
Rua Xavier da Silveira, 19 - Copacabana
19h30/0h (sex. e sáb. até 1h; fecha dom.)