domingo, 27 de junho de 2010

Pink Fleet - Passeio pela Baía de Guanabara



Morando há alguns anos no Rio, conheço boa parte dos pontos turísticos da cidade. Na lista, entretanto, ainda faltava um passeio pela Baía de Guanabara. De navio, então, seria ótimo. Com uma paisagem tão exuberante, seria difícil não gostar da viagem. Sabendo que a satisfação estava garantida pelo lindo visual, eu e meu marido embarcamos no Pink Fleet, na Marina da Glória.



A primeira impressão foi ótima. Próximo dos barcos atracados, nossos nomes foram conferidos – as viagens só podem ser feitas mediante reserva – e fomos encaminhados à van que nos aguardava para nos levar até o navio.

Ao chegarmos lá, já havia muitas pessoas, diversas famílias e casais, todos já acomodados nos vários ambientes da embarcação. Decidimos ficar no convés inferior (Convés Lagoa), com enormes janelas de vidro que proporcionavam uma ótima visão da Marina da Glória. No local onde funciona o restaurante, pode-se pedir pratos à la carte, snacks ou optar pelo buffet. Também há boas opções de vinhos e espumantes.



O navio partiu às 11h45. A cada ponto turístico, éramos informados sobre sua história. Passamos pelo Aterro do Flamengo, Enseada de Botafogo, Fortaleza de São João e Pão de Açúcar. A partir daí, tivemos que ir para o convés superior (Convés Leblon) para admirar a vista. O Pão de Açúcar é lindo de todos os ângulos!

Vimos a Fortaleza de Santa Cruz e as praias de Adão e Eva. Nesse momento, decidimos ir ao restaurante provar algumas opções do menu. Pedimos salada ceasar com frango defumado e filé de cherne com molho de gengibre e limão siciliano, acompanhado de arroz com brócolis.



A salada foi a melhor pedida. Frango tenro, molho ao ponto e uma boa dose de folhas. Mas, o peixe estava excessivamente suave e o arroz também não foi aprovado. Após a degustação, resolvemos pedir a conta e voltar para o convés superior. Ainda avistamos Niterói, o Museu de Arte Contemporânea, a Ponte Rio-Niterói, parte do centro da cidade, a Ilha Fiscal, o aeroporto Santos Dumont ... E, novamente, a Marina da Glória.

A viagem durou cerca de duas horas. O passeio foi excelente, pena que o restaurante deixou a desejar.

Curiosidades

O navio pertence à EBX, holding do empresário Eike Batista. Pink Fleet era uma expressão usada pelos antigos homens do mar para denominar os barcos que retornavam ao porto no cair do sol, com os últimos raios batendo no casco.

O navio tem:

- 54 metros de comprimento

- 4 conveses

- 6 ambientes

- Capacidade para 400 passageiros

- Até 100 tripulantes

Site: http://www.pinkfleet.com.br/index.htm

domingo, 20 de junho de 2010

União



De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá, na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfanje não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.

William Shakespeare

Uma homenagem aos meus amigos Keneth e Mila que decidiram compartilhar a vida, somando alegrias, multiplicando sonhos e fazendo com que eles se tornem realidade.

sábado, 5 de junho de 2010

Sex and the City 2


Transferir o mesmo encanto da tela pequena para o cinema já era um desafio e tanto, mas o filme acabou superando as expectativas. Apesar disso, a outra prova viria pela frente – a continuação – e a nota não seria tão alta como da primeira vez. Sex and the City 2, embora tenha bons momentos, não consegue mostrar todos os elementos que consagraram as aventuras do quarteto de amigas de Nova Iorque.

Elas já não são as mesmas. Além de trocar os Manolos pelos Laboutins, Carrie parece estar passando por uma crise sem sustentação, como todas as personagens no filme, aliás. Ao assisti-lo, muitos podem pensar com ironia: ‘pobres mulheres ricas’. Os problemas parecem irrelevantes diante da realidade das protagonistas. Sempre achei que a série (e o filme) fosse sobre a amizade, apesar da forte ostentação fashion, mas quem nunca assistiu à Sex and the City e for ver este longa, poderá ficar em dúvida...

Escrita e dirigida por Michael Patrick King, a nova história mostra as protagonistas centradas em questões de trabalho e problemas familiares. Nesta continuação, a jornalista Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker) completou dois anos de casada. Prestes a lançar mais um livro, começa a perceber sinais de monotonia em seu casamento; Samantha (Kim Catrall) enfrenta a ‘famigerada’ menopausa abusando de cremes e hormônios; Charlotte (Kristin Davis) tenta administrar o estresse em cuidar de duas filhas e Miranda (Cynthia Nixon) vive uma crise profissional. Em meio a esses conflitos, as quatro embarcam numa viagem a Abu Dhabi, financiada por um possível cliente da Relações Públicas Samantha.

O que vemos, de fato, é um enredo fraco e mal conduzido. Nem mesmo a inclusão de um personagem marcante da série, Aidan (John Corbett), funcionou. Fica a torcida para que acertem da próxima vez.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Shin Miura


Esse é um post que estou devendo há algum tempo... O lugar é bem simples, mas tem uma atmosfera amigável e atendimento cordial. Está em meio às lojas e ao burburinho do centro do Rio de Janeiro. Até a sua fachada é discreta, no terceiro andar no Edifício Central. É de madeira, com o cardápio preso numa cortiça e um pequeno letreiro. Lá, é que durante a semana sacio minha vontade de apreciar uma boa comida japonesa. E o melhor: fica bem perto de onde trabalho.

Quem diz que sashimis e sushis têm o mesmo gosto independentemente do restaurante está enganado. Assim como acontece com as demais expressões gastronômicas, para os apreciadores da culinária nipônica, cada lugar tem sua característica. E encontrar iguarias de qualidade não é tão fácil.

O peixe tem que estar fresquinho e o arroz tem que ser cozido ao ponto - os grãos não podem estar endurecidos, mas também não devem estar muito cozidos, de modo que percam a forma – além disso, ele não deve estar com o gosto ‘avinagrado’, que afeta o sabor de todo o resto. Os temperos da vertente contemporânea dão um toque especial. Sem falar na apresentação dos pratos, que por meio de cores e combinações, devem despertar nos olhos as sensações experimentadas pelas papilas gustativas.


No centro é difícil encontrar um restaurante que alie tudo isso, mas o Shin Miura consegue. A casa não prioriza a decoração, mas prima pelo atendimento e mantém algumas tradições como, por exemplo, oferecer uma toalha para que os clientes limpem as mãos – só conheço dois restaurantes no Rio que o fazem.


Muitos gostam de ir à casa para provar os pratos quentes. O cardápio é bastante extenso, mas eu, com exceção do yakissoba, do missoshiro e dos harumakis, costumo pedir as opções de combinados para ‘matar’ a vontade de saborear a tradicional comida japonesa, que eles fazem muito bem. O temaki do Shin Miura é o melhor que já comi! Soberbo!



Uma das opções bastante procuradas é o menu degustação chamado de ‘esqueminha’, com pratos que mudam periodicamente. É possível experimentar apenas uma receita das mais de 20 sugestões ou encarar uma refeição completa, com seis pratos bastante criativos. O espetinho de sushi de atum recheado de foie gras, o salmão grelhado com risoto de funghi e palha de baroa e o sorvete de shoyu e mel são alguns exemplos.

O responsável pelas combinações ousadas de ingredientes orientais com práticas culinárias ocidentais é o chef Nao Hara, que esteve em Tokyo aprendendo sobre a culinária japonesa contemporânea.


As sobremesas são um caso à parte. A apresentação é perfeita e os sabores e texturas inigualáveis. Elas unem ingredientes como o cupuaçu e chocolate aos queijos como o gorgonzola. Uma delícia! Fica a dica.


Shin Miura
Av. Rio Branco, 156, lojas 324 e 325
Edifício Avenida Central
Centro